11 de maio de 2010

DUNGA PODE FICAR ATÉ 2014

A notícia muito importante quase escapou pelos dedos de quem acompanhou a coletiva de Dunga.

Aqui, no hotel Windsor, na Barra da Tijuca, o técnico mostrou que suas convicções estão mudadas.

Não em relação à forma conservadora com que montou a Seleção que está indo para a África. Em 2010, nada de Neymar e Paulo Henrique Ganso.

Mas os três podem estar juntos na próxima Copa, em 2014.

As pessoas que trabalham na CBF comentavam há tempos, mas hoje se confirmou ser verdade.
Dunga foi convencido por Ricardo Teixeira à comandar a Seleção também na Copa do Mundo do Brasil.
Teixeira adorou a postura do treinador.

Fiel ao dirigente e agressivo com a imprensa.

Ainda mais vencedor: conquistou a Copa América, Copa das Confederações e ainda classificou o Brasil em primeiro nas eliminatórias sul-americanas.

Leal, Dunga não chamou para a África jogadores indisciplinados como Adriano e Ronaldinho Gaúcho. Nem cogitou o braço direito de Ronaldo nas farras na Copa da Alemanha, Roberto Carlos. Exatamente como queria Teixeira. Feliz coincidência.

Dunga fará da concentração brasileira na África um bunker, inacessível. Sua ideia é abrir para os jornalistas duas vezes por semana e no final do treinamento, quando será impossível saber qualquer coisa.


Velho sonho de Ricardo Teixeira ter alguém com essa personalidade para enfrentar a imprensa.

Dunga tem motivo de sobra para executar com prazer essa missão.

Ele se sente perseguido desde 1990, quando representou o fracasso de uma geração.

Deu a volta em 1994 e se tornou o capitão de uma Seleção a gritar o maior número de palavrões, mas não bastou.

Por tudo isso recebeu a proposta para ficar até a Copa de 2014. Evidente que depende do resultado que terá na África do Sul.

Se ganhar o título ou fizer uma campanha digna, se manterá no cargo. Por quatro anos comandaria a Seleção Brasileira sem o aborrecimento das Eliminatórias.

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