O Brasil amanheceu nesta terça-feira em clima de festa pela esperada estreia da Seleção na Copa do Mundo da África do Sul, às 15h30 (de Brasília), diante de uma enigmática Coreia do Norte, uma partida em que todos esperam uma goleada dos comandados de Dunga.
Desde o começo da manhã era possível ouvir os fogos de artifício em diferentes bairros do Rio de Janeiro, em uma antecipação da festa esperada para as próximas horas, enquanto nas ruas o verde e amarelo da bandeira nacional são as cores predominantes nas roupas de homens, mulheres e crianças.
As lojas, empresas e escritórios do País já anunciavam há dias que interromperiam suas atividades às 12h, e que as retomarão uma hora depois da partida, marcada para as 15h30, ou na quarta, dependendo do resultado e da festa.
Muitas empresas estabeleceram com seus funcionários horários especiais para este dia que incluíram, em muitos casos, a antecipação da hora de início da jornada e a supressão do horário de almoço em troca do encerramento das atividades do dia três horas antes do normal, para que todos pudessem chegar em casa antes da partida.
Por essa razão, as autoridades do trânsito no Rio de Janeiro e em outras cidades advertiram que por volta das 12h serão formados longos engarrafamentos até uma hora antes da partida.
Segundo uma enquete publicada na semana passada, um terço das empresas brasileiras concordaram em liberar seus funcionários nos dias de jogo do Brasil, uma demonstração do clima de Copa no País.
A devoção pelo futebol também contagiou a direção das agências e empresas estatais, que na semana passada anunciaram horários especiais para os funcionários públicos por causa do Mundial, segundo uma instrução do Ministério do Planejamento.
O Banco Central autorizou os bancos a encerrar o expediente duas horas antes do normal nos dias de jogo da Seleção, já que, além de os funcionários do setor também serem torcedores, praticamente ninguém pensaria em ir ao banco no horário da partida.
No entanto, a flexibilidade dos horários não se estende a organismos que oferecem serviços essenciais, como hospitais públicos.
Outras empresas seguiram estratégias totalmente opostas, como é o caso da Eletropaulo, a companhia de eletricidade da região metropolitana de São Paulo, onde vivem cerca de 20 milhões de pessoas.
A companhia se viu obrigada a aumentar de 1,6 mil para 2,5 mil o número de funcionários que trabalharão no centro de controle durante a partida, para garantir o funcionamento do serviço e evitar sobrecargas do sistema.
Isso se deve, em parte, às promoções das lojas de eletrodomésticos para aumentar a venda de televisores durante o Mundial, um aumento que, segundo uma patronal do setor, pode ser de 19,6% (quase 11,5 milhões de unidades).
Por outro lado, o comércio brasileiro desfruta de um momento bom com a venda de todo tipo de artigo criado especialmente para incentivar o Brasil durante a Copa do Mundo.
A onda verde e amarela também se estendeu aos bares e restaurantes, que decoraram os locais, e pelas ruas, onde luzem as cores do Brasil e desenhos dos jogadores da seleção em muros e paredes.
Na realidade, há semanas a torcida se prepara para a estreia da Seleção, e mais ainda para comemorar o hexa, que encomendaram ao técnico Dunga e seus 23 escolhidos, e ninguém dúvida de que essa festa começa com uma generosa goleada na Coreia do Norte.
Se for assim, a festa acontecerá por todo o País, e especialmente na Fan Fest Rio, um espaço de lazer construído na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, onde são esperados cerca de 20 mil torcedores.
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