21 de junho de 2010

CHILE VENCE E LIDERA

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Com ajuda de um mago e um gol sul-africano, o Chile derrotou a Suíça por 1 a 0, nesta segunda-feira, em jogo válido pela segunda rodada do Grupo H da Copa do Mundo. Tendo pela frente uma forte defesa, que bateu o recorde de seleção a ficar mais tempo sem ser vazada na história do torneio, os sul-americanos contaram com uma linda jogada de Valdivia e um tento de Mark González, que nasceu em Durban, para praticamente assegurar sua passagem às oitavas de final.

O resultado deixou os chilenos com seis pontos, na ponta da chave. Se a Espanha decepcionar mais uma vez e ficar no empate com Honduras logo mais, o time do técnico Marcelo El Loco'Bielsa garante a vaga antecipada. Os suíços, por sua vez, seguem vivos e dependem apenas dos próprios esforços para se classficarem. O resultado confirmou o bom momento das seleções sul-americanas, que seguem invictas em dez partidas disputadas na Copa do Mundo.

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Mago começa no banco. Frei estreia

Sem Valdivia, que começou no banco por causa de uma lesão muscular, o Chile entrou com o atacante Suazo como titular. O artilheiro das últimas eliminatórias sul-americanas, com dez gols, não participou da estreia da equipe de Bielsa por se recuperar de um problema parecido.

Pelo lado da Suíça, um atacante também fazia sua estreia na África do Sul: o veterano Frei, que quase ficou fora do Mundial por causa de um problema no tornozelo direito.

Com os dois matadores em campo, chilenos e suíços começaram a partida apostando numa marcação forte, iniciada pelos próprios homens de frente. Prova disso é que, com apenas um minuto, Suazo levou amarelo após cometer falta feia no zagueiro Grichting.

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Torcida do Chile tenta abafar vuvuzelas

Maioria absoluta no estádio Nelson Mandela Bay, a torcida do Chile não parava de cantar e conseguia, por meros instantes, abafar as barulhentas vuvuzelas. Sentindo esse calor das arquibancadas, a seleção sul-americana procurava agredir mais o time europeu.

Aos dez, os chilenos quase abriram o placar, mas Benaglio, em duas ótimas defesas, impediu que Vidal e Carmona, em chutes um logo após o outro de fora da área, fizessem a festa dos seus hinchas.

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Meia suíço acerta duas cotoveladas e é expulso

Aos 30, a Suíça, que até tinha conseguido equilibrar a partida, acabou sofrendo um duro golpe. No mesmo lance, Behrami acertou uma cotovelada em Beausejour e, depois, em Vidal. Apesar de a agressão não ter acertado em cheio os oponentes, o meia suíço teve a intenção. O árbitro Khalil Al Ghamdi, da Arábia Saudita, avisado pelo auxiliar, deu o merecido cartão vermelho.

Com um homem a mais, o Chile voltou a tomar conta do jogo, mas desperdiçou boas oportunidades de inaugurar o marcador ainda na etapa inicial. Uma com Suazo, de cabeça, e outra com Sánchez, após bela matada no peito.

Vendo que seu time não conseguia passar do meio de campo, o técnico alemão Ottmar Hitzfeld sacou Frei e colocou o apoiador Barnetta antes mesmo do intervalo. O atacante e capitão não gostou da substituição e saiu com cara de poucos amigos.

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Valdivia entra no segundo tempo, e Chile pressiona

Bielsa, por outro lado, tratou de dar mais qualidade técnica no setor de ataque. De uma vez só, na entrada do time para o segundo tempo, colocou Valdivia e Mark González nas vagas de Suazo, que não estava em um bom dia, e Vidal, atleta de meio de campo.

Aos três, o Chile até conseguiu balançar as redes adversárias com Sánchez. No entanto, o árbitro anulou o lance pois González, impedido, acabou participando da jogada e atrapalhando o goleiro Benaglio.

Disparado o atacante mais perigoso do Chile, Sánchez teve nova chance aos nove, mas foi parado por Benaglio, que saiu nos pés do rival de maneira arrojada.

Além da pressão sul-americana, a partida também era marcada pela quantidade excessiva de faltas. Aos 15 do segundo tempo, oito amarelos e um vermelho já haviam sido distribuídos. Pior para o Chile, que viu dois importantes jogadores, Carmona e Matías Fernández, ficarem fora do duelo contra a Espanha por conta do acúmulo de cartões.

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Suíça entra para história, mas sofre gol

Sem o menor pudor de apenas se defender, a Suíça conseguiu, aos 22 do segundo tempo, entrar para a história das Copas. O seleção da terra dos chocolates completou 551 minutos – mais de nove horas - sem sofrer gols em Mundiais e quebrou o recorde da Itália. A Azzurra, entre as edições de 1986 e 1990, não levou nenhum tento durante 550 minutos.

Mas, depois de muito insistir, o Chile acabou ruindo a muralha de chocolate. Valdivia deu lindo passe para Paredes que, se aproveitou da tentativa da defesa adversárias fazer linha de impedimento, foi na linha de fundo e cruzou para Mark González. O meia, que nasceu em Durban, na África do Sul, cabeceou com estilo e fez a festa: 1 a 0.

Desesperada, a Suíça partiu para o ataque e, pouco acostumada a marcar gols, desperdiçou sua melhor oportunidade aos 44 minutos do segundo tempo. Derdiyok, livre na marca do pênalti, chutou para fora, em bola que passou rente à trave direita do goleiro Bravo.

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