11 de junho de 2010

A IMPORTÂNCIA PARA OS SUL-AFRICANOS

Na história dos mundiais, as equipes africanas sempre foram coadjuvantes. Por isso, entre os representantes do continente nessa Copa, o sentimento geral já é de vitória.

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Na roda viva do futebol, um dia se está por cima, no outro se está por baixo. Mas será que finalmente chegou a vez de uma seleção da África levantar a taça?

O primeiro país da África negra a participar de uma Copa foi o Zaire, atual Congo. Na Copa de 74, quando enfrentaram o Brasil, já tinham perdido dois jogos, um deles de 9 a 0 da Iugoslávia.

Mobutu, o ditador da época, ameaçou prender o time todo se fossem goleados pelo Brasil. Perderam de 3 a 0. E, mesmo assim, na volta foram presos.

Camarões, em 90, e Senegal, em 2002, foram mais longe, até as quartas de final, e derrotaram os então campeões Argentina e França.

Hoje, Costa do Marfim é vista como o melhor time da África. Chegou nesta quinta com o craque Drogba com o braço na tipoia. Problemas físicos e de organização tiram bastante do otimismo de quem torce pelas seleções africanas. Essa Copa traz outros sentimentos.

Estou mais satisfeito de a Copa estar sendo realizada no continente africano e com o nível da organização dos sul-africanos e isso é que me orgulha enquanto africano, disse o jornalista angolano Ernesto Bartolomeu.

De concreto, aeroportos, estradas,trem e dez estádios novinhos. Mas para a África do Sul e para todo continente, a Copa tem uma dimensão mais difícil de medir: otimismo, união, orgulho, confiança e tudo isso tem um nome.

Nesta quinta, dia 11 de junho, quando a Copa começar, serão exatos 46 anos do dia em que Nelson Mandela foi condenado à prisão perpétua. E foi no então antigo e lotado estádio de Soccer City que ele fez seu primeiro discurso depois de sair da prisão.

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