O Brasil se livrou do fantasma do corte às vésperas de uma Copa do Mundo. Passou sem grandes percalços pela extensa fase de preparação iniciada no dia 21 de maio. Esse cenário não se repetia desde 1990, quando já era frequente. É verdade que houve dois sustos, mas de pequena proporção. A fase foi tão boa na parte médica que Luís Fabiano e Kaká se recuperaram de problemas musculares. Clinicamente estão prontos.
Assim que os treinos com bola começaram para valer, já em território sul-africano, a seleção tirou o pé. O cuidado foi grande. Jogadores admitiram uma cautela triplicada em treinamentos e amistosos. É uma questão de inteligência, alegou Felipe Melo. Duas discussões entre atletas brasileiros após disputas mais duras mostraram o tamanho da preocupação. Funcionou.
Dunga, assim, tornou-se um privilegiado. Não precisou fazer nenhuma mudança na lista inicial dos 23 convocados. Tamanho sossego aconteceu pela última vez em 1990, na Itália, quando o hoje treinador disputou sua primeira Copa. O então técnico Lazaroni contou com quem gostaria do início ao fim. A nova era Dunga repete a primeira versão.
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