A decisão da Copa do Mundo vai ser disputada no domingo, em Joanesburgo, por duas seleções que nunca foram campeãs mundiais. A Espanha derrotou a Alemanha em Durban, chegou à final pela primeira vez e vai enfrentar a Holanda.
Estádio Moses Mabhida. O palco de uma final antecipada, de um jogão ou de uma tourada. Os espanhóis souberam cadenciar o jogo do jeito deles. Posse de bola, tocando, com calma. O toureiro esperando por um vacilo do touro.
Os alemães não conseguiram repetir a velocidade avassaladora dos outros jogos. A defesa resistia sempre que a Espanha conseguia uma brecha. Numa rara chance alemã, Casillas tirou.
Para a Espanha, faltava eficiência no ataque. A cabeçada de Puyol quase acertou a câmera, mas passou longe do gol.
No segundo tempo, o toureiro voltou decidido a terminar logo o combate. O jovem Pedro, de 22 anos, enloqueceu os alemães.
Xabi Alonso tentou uma, duas. E Pedro queria mesmo ser o nome da semifinal. Neuer honrou a tradição alemã de produzir bons goleiros. Mas a essa altura, o touro já cambaleava.
Logo em seguida, por centímetros, Villa não chegou na bola para fazer seu sexto gol na África. Depois, foi Sergio Ramos que quase chegou lá.
A Alemanha só acordou quando Toni Kroos chutou. Muito pouco para quem queria chegar à decisão.
Aos 28 do segundo tempo, cobrança de escanteio, o cabeludo Puyol, de 1m78, voou por cima dos gigantes da zaga alemã. O gol mais importante da história do futebol espanhol.
O touro se rendeu e caiu. Tristeza do jovem time alemão. Espanha 1 a 0, o mesmo placar da final da Eurocopa, há dois anos. Pela primeira vez, a Fúria estará numa final de Copa. Domingo, o mundo conhecerá um campeão inédito.
Um país apaixonado por futebol, que tem alguns dos clubes mais importantes do mundo, como Real Madrid e Barcelona, um campeonato riquíssimo, agora finalmente a Espanha tem a chance de ser grande também com sua seleção.
A Fúria está pronta para mais uma tourada. À espera do grito de olé.
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